segunda-feira, julho 19

NEM TUDO É FÁCIL

É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.Animation6
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!

Cecilia Meireles

quinta-feira, julho 15

BIOFÓTONS

atomo71 Biotóton é uma emissão muito fraca de fótons, ou seja, de luz, pelos sistemas biológicos. Todas as células vivas das plantas, animais e seres humanos emitem biofótons que não podem ser vistos a olho nu, mas que podem ser medidos. Descoberto em 1923 pelo cientista e médico russo, Professor Alexander G. Gurvich, que chamou a sua descoberta de “raios mitogenéticos”. Em 1974 o biofísico alemão Fritz-Albert Popp, desenvolvendo aparelhagem sofisticada, provou a sua existência, e a sua origem no DNA das células. Desenvolveu uma teoria biofotônica e o seu possível papel no controle dos processos bioquímicos, no crescimento e diferenciação celular e poderá servir de base para uma futura teoria da origem da vida... e explicar a prática da medicina holística.

A descoberta dos biofótons pode dar um suporte científico a alguns métodos de cura não convencionais, tais como a homeopatia, acupuntura, reiki e florais. A energia Ch’i, que a tradicional medicina chinesa diz regular as funções do nosso corpo, e levada pelos meridianos, poderiam partir de centros, nodos de biofótons. A energia “prana” dos Indus, que explica a fisiologia Yoga, de maneira semelhante poderia ter a sua base em biocampos eletromagnéticos, gerando os biofótons que seriam os condutores das energias de informação e ação.

Os biofótons, junto com as descobertas da física e mecânica quântica, nos leva a olhar de maneira diferente tudo aquilo que nos cerca. Na verdade, nós respiramos cosmos. Nós somos fruto daquela primeira explosão de vida, o Big Bang. E estamos constantemente trocando átomos com tudo ao nosso redor. Se tudo interage, então porque ainda continuamos querendo separar e colocar as coisas em gavetas, como se fossem incomunicáveis? Está na hora de revermos alguns conceitos.

Rejane Barbisan

Mestre Reiki

segunda-feira, julho 5

ALMAS GÊMEAS

amantes1 Esta esperança surgiu em algum momento, talvez pela vontade coletiva de encontrar aquela pessoa com quem pudéssemos nos harmonizar. No entanto, acreditar na existência de almas gêmeas seria uma incoerência.

Diferente dos corpos dos gêmeos univitelinos, as almas são únicas e individuais e nunca estão no mesmo nível evolutivo nem têm as mesmas experiências. Com a enorme diversidade que existe no Cósmico, não creio que uma determinada mulher tenha sido criada para algum homem em particular e que o Ser criador do universo quebraria todas as leis morais, convenções e padrões éticos para eventualmente uni-los.

Um (a) companheiro (a) ideal, com afinidades, gostos e propósitos de vida que se assemelham tanto que o casamento poderia ser considerado tanto físico como espiritual isto sim, eu creio que existe. Porém, é quase impossível, para a grande maioria das pessoas, procurar e encontrar ao longo da vida, a verdadeira alma que se harmonize com a sua.

Num casamento, o que se deveria procurar é viver bem, respeitando o parceiro (a) de jornada com as divergências normais, procurando sempre o ajustamento e tendo em mente ideais elevados sem alimentar discussões e apegos desnecessários.

Onde estiver nosso coração, ali estarão nossos tesouros...

Quando envolve pessoas, o apego está relacionado ao controle que pensamos exercer sobre elas, o que significa que estar perto de alguém que julgamos amar na verdade estamos “segurando as rédeas”. Esta é uma das maiores dificuldades nos relacionamentos humanos, pois é difícil dar liberdade a quem amamos. Se houver verdadeiro sentimento de amor, que liberta e confia, e trabalharmos o lado controlador que existe em nós, viveremos como se realmente nosso companheiro (a) de jornada é como a nossa “alma gêmea”.

E, nesta procura, a Astrologia tem como ferramenta a Sinastria, que é verificar a compatibilidade (ou não) de duas pessoas, para casamento, sociedade, amizade, etc. De nenhuma maneira o(a) Astrólogo(a) tem todas as respostas. Mas pode fornecer uma boa orientação. A escolha é sempre nossa.

Rejane Barbisan

quinta-feira, julho 1

UM ANO DE VÊNUS

coração Olá!

Tudo bem?

Saia de casa

só pelo gosto

de caminhar. Sorria

para todos. Faça um álbum

de família. Conte estrelas.

Telefone para os amigos. Diga: eu

gosto de você. Converse com Deus. Volte

a ser criança. Pule corda. Apague de vez a

palavra rancor. Diga “sim”. Cante uma canção.

Lembre o aniversário de seus amigos. Ajude alguém

doente. Pule para se divertir. Mude de penteado. Esteja

disponível para escutar. Deixe seu pensamento viajar. Retribua

um favor. Termine aquele projeto. Quebre a rotina. Tome um banho

de espuma. Escreva uma lista de coisas que dão prazer. Faça uma

gentileza. Escute os grilos. Agradeça pelo Sol. Aceite um elogio. Perdoe-se.

Deixe que alguém cuide de você. Demonstre que está feliz. Faça alguma

coisa que sempre desejou. Olhe com atenção uma flor. Evite dizer “não posso”.

Cante no chuveiro. Viva intensamente cada minuto de sua vida. Inicie uma

tradição familiar. Faça piquenique na praça ou no quintal. Não se

preocupe. Tenha coragem nas pequenas coisas. Ajude um idoso. Afague

uma criança. Reveja coisas antigas. Escute um amigo. Feche os olhos e

imagine as ondas do mar. Brinque com sua mascote. Dê uma palmadinha nas

próprias costas. Torça pelo seu time. Pinte um quadro. Cumprimente

um novo vizinho.

Conpre um presente para

você mesmo. Mude alguma

coisa. Delegue tarefas.

Diga “bem vindo!” a quem

chegou. Agradeça. Saiba

que não está só. Decida-se

a viver com paixão. Sem

ela, nada de grande se consegue.

E ESTE ANO?

O que você acha? Está sendo um ano bom, médio ou ruim? Todos nós sabemos que somos os artífices de nossa vida, podendo transformá-la em algo fenomenal ou péssima. Eu estou fazendo um balanço de tudo o que está acontecendo neste ano, e – surpresa! – não está muito diferente dos anos anteriores. Em algumas coisas bastante positivo, mas em outras... dá vontade de chorar! Os erros cometidos e que poderiam ter sido evitados. E aí, comecei a lembrar da letra de uma música (eu acho) de alguns anos atrás. Tipo assim...

Se for para...chuva

... perder, que seja a inveja;

... chorar, que seja de alegria;

... partir, que seja uma melancia;

... gritar, que seja Goooollll!

... bater, que seja a massa do pão;

... lutar, que seja no futebol;

... cair, que seja na gandaia;

... beber, que seja água geladinha;

... ter saudade, que seja de um pôr-do-sol;

... brigar, que seja pela ecologia;

... correr, que seja na maratona;

... haver guerra, que seja da cerveja;

... dar um abraço, que seja sincero!

E daí? Vai encarar esta metade que falta ou vai se esconder?

A escolha é sua.

Rejane Barbisan

VOCÊ

Você é a marca que o tempo não apaga.1188420405

Você é capaz de tudo.

Você pode acender uma luz e anular as trevas.

Também pode abrir o horizonte, para que os outros

encontrem o caminho.

Você pode ser o amanhecer, para longas noites.

Você pode ser o sol, que ilumina o dia de muitos corações.

Você pode ser a paz que os outros procuram.

Você pode ser a esperança de quem busca o melhor.

Você pode ser a força, que impulsiona o caminhar.

Você pode ser o amor, pois o amor transforma a vida.

Você pode ser o impulso, que conduz à estrada.

Você pode ser a escada, que ajuda alguém a subir.

Você pode ser a viga, que sustenta a construção.

Você pode ser a construção que marca a unidade.

Você pode ser a âncora,

A força,

Que ajuda alguém a ser mais!

(Autor desconhecido)

AQUELES QUE EU AMAVA

George L. Hendelflor02

Aqueles que eu amava com um louco amor

me aplicaram os mais duros golpes.

Eles abriram em mim feridas

jamais curadas.

Eu as dissimulei

no meu mais profundo sofrimento,

como o único tesouro

que eu tinha o direito de esperar.

Foi portanto o mais precioso bem

que em humildade nesta Terra

recebi, acolhendo com um sorriso

quando meu coração estava martirizado.

Por seu próprio tormento

a dor se consome

e consome o mal

qua há tempo nos oprime.

E consome os males

que um olhar vazio nos causavam,

que pesados nossos pés tornavam

e ao pó nos reduziam.

Como acima do horizonte

vagueando um pássaro que se delicia

no vento com uma nuvem,

voa sereno o meu pensamento.

Portador da lembrança

e de uma infindável felicidade,

doravante irradiando

um amor sem sofrimento.

A MÁQUINA DO MUNDO

E como eu palmilhasse vagamenteansiedade

uma estrada de Minas, pedregosa,

e no fecho da tarde um sino rouco

se misturasse ao som de meus sapatos

que era pausado e seco; e aves pairassem

no céu de chumbo, e suas formas pretas

lentamente se fossem diluindo

na escuridão maior, vinda dos montes

e de meu próprio ser desenganado,

a máquina do mundo se entreabriu

para quem de a romper já se esquivava

e só de o ter pensado se carpia.

Abriu-se majestosa e circunspecta,

sem emitir um som que fosse impuro

nem um clarão maior que o tolerável

pelas pupilas gastas na inspeção

contínua e dolorosa do deserto,

e pela mente exausta de mentar

toda uma realidade que transcende

a própria imagem sua debuxada

no rosto do mistério, nos abismos.

Abriu-se em calma pura, e convidando

quantos sentidos e intuições restavam

a quem de os ter usado os já perdera

e nem desejaria recobrá-los,

se em vão e para sempre repetimos

os mesmos sem roteiro tristes périplos,

convidando-os a todos, em coorte,

a se aplicarem sobre o pasto inédito

da natureza mítica das coisas,

assim me disse, embora voz alguma

ou sopro ou eco o simples percussão

atestasse que alguém, sobre a montanha,

a outro alguém, noturno e miserável,

em colóquio se estava dirigindo:

"O que procuraste em ti ou fora de

teu ser restrito e nunca se mostrou,

mesmo afetando dar-se ou se rendendo,

e a cada instante mais se retraindo,

olha, repara, ausculta: essa riqueza

sobrante a toda pérola, essa ciência

sublime e formidável, mas hermética,

essa total explicação da vida,

esse nexo primeiro e singular,

que nem concebes mais, pois tão esquivo

se revelou ante a pesquisa ardente

em que te consumiste... vê, contempla,

abre teu peito para agasalhá-lo."

As mais soberbas pontes e edifícios,

o que nas oficinas se elabora,

o que pensado foi e logo atinge

distância superior ao pensamento,

os recursos da terra dominados,

e as paixões e os impulsos e os tormentos

e tudo que define o ser terrestre

ou se prolonga até nos animais

e chega às plantas para se embeber

no sono rancoroso dos minérios,

dá volta ao mundo e torna a se engolfar

na estranha ordem geométrica de tudo,

e o absurdo original e seus enigmas,

suas verdades altas mais que tantos

monumentos erguidos à verdade;

e a memória dos deuses, e o solene

sentimento de morte, que floresce

no caule da existência mais gloriosa,

tudo se apresentou nesse relance

e me chamou para seu reino augusto,

afinal submetido à vista humana.

Mas, como eu relutasse em responder

a tal apelo assim maravilhoso,

pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,

a esperança mais mínima — esse anelo

de ver desvanecida a treva espessa

que entre os raios do sol inda se filtra;

como defuntas crenças convocadas

presto e fremente não se produzissem

a de novo tingir a neutra face

que vou pelos caminhos demonstrando,

e como se outro ser, não mais aquele

habitante de mim há tantos anos,

passasse a comandar minha vontade

que, já de si volúvel, se cerrava

semelhante a essas flores reticentes

em si mesmas abertas e fechadas;

como se um dom tardio já não fora

apetecível, antes despiciendo,

baixei os olhos, incurioso, lasso,

desdenhando colher a coisa oferta

que se abria gratuita a meu engenho.

A treva mais estrita já pousara

sobre a estrada de Minas, pedregosa,

e a máquina do mundo, repelida,

se foi miudamente recompondo,

enquanto eu, avaliando o que perdera,

seguia vagaroso, de mão pensas.

Carlos Drummond de Andrade

In Claro Enigma 1951

AMAR

Mário Quintana  sensual-051

Com o tempo você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar , não precisar dela. Percebe também que aquele alguém que você ama(ou acha que ama)e que não quer nada com você, definitivamente não o alguém da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

A CONCEPÇÃO CÓSMICA

paisagem Para o SER nunca houve começo, pois o nada não pode dar origem a alguma coisa...

Tudo era trevas antes de surgir a Luz. A Luz, porém, não veio das trevas, pois as trevas são a ausência da Luz.

A Luz é um atributo do SER, uma vez que o SER é sempre luminoso na irradiação de sua energia, causada por seus ininterruptos esforços para existir. A Luz não tinha calor, e assim o SER era insensível. A Luz não tinha reflexo, e assim o SER não tinha forma.

O SER, em seu eterno movimento e progresso, expandiu-se. Inúmeras tornaram-se suas formas e complexa sua natureza.

A complexidade da evolução do SER deu origem à densidade. E a densidade produziu o calor da luz. Então, surgiram os seres viventes.

Com a vida, veio a sensibilidade do SER, transformando-se na magnificência da percepção do EU.

Na consciência humana foram refletidas as glórias do Universo. Em sua profundeza o SER tomou forma sensível e a mente lhe conferiu amplitude.

Então a Luz brilhou, pois ela refletia pela primeira vez a sua própria natureza.

Meu corpo foi formado entre os astros do céu. Os átomos que formam meu corpo foram forjados no coração de estrelas que já não mais existem...

Em minha pequenez e insignificância eu faço parte do grande esquema cósmico e participo de sua evolução...

Estrelas morreram para que eu pudesse existir. Sou irmão de planetas e sóis. Sou filho das Estrelas. E a História do Universo é também a minha história!!!

(A Era de Aquarius – Ary Médici Arduíno e Rosângela Aparecida G. Alves)

A LEI DO RITMO

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A Lei do Ritmo faz referência à repetição de certos eventos a intervalos regulares, isto é, de tempos em tempos, acontecimentos sujeitos ao ritmo que se repetem.

A nossa vida está sujeita à Lei do Ritmo e neste mister está sob a influência dos ciclos diários, lunares, mensais, anuais e outros.

Há ainda posturas mentais que têm relação direta com o nosso progresso pessoal e na realização dos nossos ideais. Por isso, vale a pena lembrar: somos o que pensamos.

Dos vários ciclos da vida do ser humano, o ciclo anual é talvez o mais conhecido e comemorado. Como tudo no universo, os ciclos ordenam o nascimento, o crescimento com o apogeu e a mudança para um novo ciclo. Este é um momento especial para a revisão de seus planos e a implementação de novos objetivos que convergem para a realização pessoal. Portanto, mantenha-se confiante e grato, sempre, bem como com ações amorosas na sua conduta ao se relacionar com os outros, o que permitirá a harmonia e a manifestação das Leis Cósmicas a seu favor.

DUAS COSMOLOGIAS EM CONFLITO

anima_mundi O prêmio Nobel em economia Joseph Stiglitz disse recentemente:"O legado da crise ecômico-financeira será um grande debate de idéias sobre o futuro da Terra". Concordo plenamente com ele. Vejo que  o grande debate será em torno das duas cosmologias presentes e em conflito no cenário da história.
Por cosmologia entendemos a visão do mundo - cosmovisão - que subjaz às idéias, às práticas, aos hábitos e aos sonhos de uma sociedade. Cada cultura possui sua respectiva cosmologia. Por ela se procura explicar a origem, a evolução e o propósito do universo e definir o lugar do ser humano dentro dele.
A nossa atual é a cosmologia da conquista, da dominação e da exploração do mundo em vista do progresso e do crescimento ilimitado. Caracteriza-se por ser mecanicista, determinística, atomística e reducionista. Por força desta cosmovisão, criaram-se inegáveis benefícios para a vida humana mas também contradições perversas como o fato de que 20% da população mundial controlar e consumir 80% de todos os recursos naturais, gerando um fosso entre ricos e pobres como jamais havido na história.  Metade das grandes florestas foram destruidas, 65% das terras agricultáveis, perdidas, cerca de 5 mil espécies de seres vivos anualmente desaparecidas e mais mil agentes químicos sintéticos, a maioria tóxicos, lançados no solo, no ar e nas águas. Construiram-se armas de destruição em massa, capazes de eliminar toda vida humana. O efeito final é o desequilíbrio do sistema-Terra que se expressa pelo  aquecimento global. Com os gases já acumulados, até 2035 fatalmente se chegará a 2 graus Celsius, e se nada  for  feito, segundo certas previsões, serão no final do século 4 ou 5 graus, o que tornará a vida, assim como a conhecemos hoje, praticamente impossível.
A predominância dos interesses econômicos especialmente especulativos, capazes de reduzirem paises à mais brutal miséria e o consumismo trivializaram nossa percepção do risco sob o qual vivemos e conspiram contra qualquer mudança de rumo.
Em contraposição, está comparecendo cada vez mais forte, uma cosmologia alternativa e potencialmente salvadora. Ela já tem mais de um século de elaboração e ganhou sua melhor expressão na Carta da Terra. Deriva-se das ciências do universo, da Terra e da vida. Situa nossa realidade dentro da cosmogênese, aquele imenso processo de evolução que se iniciou a partir do big bang, há cerca de 13,7 bilhões de anos. O universo está continuamente se expandindo, se auto-organizando e se autocriando. Seu estado natural é a evolução e não a estabilidade, a transformação e a adaptabilidade e não a imutabilidade e a permanência. Nele tudo é relação em redes e nada existe fora desta relação. Por isso todos os seres são interdependentes e colaboram entre si para coevoluirem e garantirem o equilíbrio de todos os fatores. Por detrás de todos os seres atua a Energia de fundo que deu origem e anima o universo e faz surgir emergências novas. A mais espetacular delas é a Terra viva e nós humanos como a porção consciente e inteligente dela e com a missão de cuidá-la.
Vivemos tempos de urgência. O conjunto das crises atuais está criando uma espiral de necessidades de mudanças que, não sendo implementadas, nos conduzirão fatalmente ao caos coletivo e que assumidas, nos poderão elevar a um patamar mais alto de civilização. É neste momento que a nova cosmologia se revela inspiradora. Ao invés de dominar a natureza, nos coloca no seio dela em profunda sintonia e sinergia. Ao invés de uma globalização niveladora das diferenças, nos sugere o bioregionalismo que valoriza as diferenças. Este modelo procura construir sociedades autosustentáveis dentro das potencialidades e dos limites  das bioregiões, baseadas na ecologia, na cultura local e na participação das populações, respeitando a natureza e buscando o "bem viver" que é  a harmonia entre todos e com a mãe Terra.
O que caracteriza esta nova cosmologia é o cuidado no lugar da dominação, o reconhecimento do valor intrínseco de cada ser e não sua mera utilização humana, o respeito por toda a vida e os direitos e a dignidade da natureza e não sua exploração.
A força desta cosmologia reside no fato de estar mais de acordo com as reais necessidades humanas e com a lógica do próprio universo. Se optarmos por ela, criar-se-á a oportunidade de uma civilização planetária na qual o cuidado, a cooperação, o amor, o respeito, a alegria e espiritualidade ganharão centralidade. Será a grande virada salvadora  que urgementemente precisamos.

Por Leonardo Boff

terça-feira, maio 4

A Lei da Polaridade (3)

O MÉTODO DO QUESTIONAMENTO

        Todos os fenômenos tem forma e conteúdo, consistem em duas partes e num todo que é maior do que a soma das partes. Todo fenômeno é determinado pelo passado e pelo futuro. A doença não constitui exceção à regra. Por trás de todo sintoma existe uma finalidade, um conteúdo, que apenas se utiliza das possibilidades disponíveis no momento para se tornar visível em forma palpável. Por conseguinte, uma doença pode ter a causa que preferir.
        Vamos tratar das causas finais da doença, com uma visão unilateral. Existem os processos materiais pesquisados e descritos pela medicina, mas será que esses processos são a única causa das doenças?
        É indiferente se a causa de determinado distúrbio é, por um lado, uma determinada bactéria, ou, por outro, uma mãe malvada. O ser humano possui uma essência independente do tempo que, de alguma maneira, precisa concretizar e tornar consciente no transcurso de sua existência pessoal. Esse padrão interior transcendente é denominado o “si-mesmo”. O caminho da vida dos homens é o caminho rumo a esse “si-mesmo”, que é um símbolo da totalidade. O ser humano precisa de “tempo” para encontrar esta totalidade, que, não obstante, existe desde o início. Chamamos tal caminho de “evolução”. A evolução é a compreensão consciente de um padrão sempre presente (atemporal). Ao longo da trilha rumo ao autoconhecimento, entretanto, surgem erros e dificuldades constantes, ou não podemos ou não queremos ver certas partes isoladas do padrão. Tais aspectos de nós mesmos já denominamos de sombra.
        A busca das causas no passado nos desvia da informação real, visto que abdicamos da responsabilidade que nos cabe, e projetamos a culpa numa causa hipotética.
        Na interpretação dos sintomas, algumas regras são necessárias, pois a tendência humana é justificar, transformar ou se iludir quanto as possibilidades de transformar as doenças.

        1ª Regra:  Ignore todas as relações causais aparentes no nível funcional quando for interpretar sintomas. Estas sempre serão encontradas e ninguém nega sua existência. Mas não servem de substituto para a interpretação. Interpretamos os sintomas apenas em sua manifestação qualitativa e subjetiva. Para tanto, é irrelevante quais cadeias causais, ou quaisquer outras. Para reconhecer os conteúdos é importante que haja apenas uma coisa: sua existência – e não o motivo de sua existência.

        A sequência temporal em que os sintomas aparecem é bastante interessante e reveladora. Todos os acontecimentos sincrônicos que provocam o aparecimento de um sintoma formam o contexto sintomático e devem ser levados em conta.
        Não se deve considerar unicamente os fatos exteriores, mas sobretudo os processos interiores.

        2ª Regra: Analise com precisão em que momento surgiu o sintoma. Tente lembrar-se de sua situação na vida, de seus pensamentos, fantasias e sonhos dos acontecimentos e das notícias que recebeu, pois isto tudo contexto naturalmente o sintoma.

        Agora chegamos à técnica fundamental da interpretação, que não é fácil de apresentar. Em primeiro lugar é necessário desenvolver um relacionamento íntimo com a linguagem e aprender a ouvir, com consciência, o que as pessoas dizem. A língua é um meio grandioso de ajuda para perceber as interligações profundas e invisíveis, já que possui uma sabedoria própria que apenas se revela a quem sabe ouvir. As pessoas modernas demonstram uma atitude displicente e bastante volúvel para com a língua e assim perdem o acesso ao verdadeiro sentido dos conceitos. Como também a língua participa da polaridade, ela sempre é ambivalente, bilateral e sujeita a duplo sentido. Quase todos os conceitos vibram em numerosos níveis ao mesmo tempo. Sendo assim, temos de reaprender a conhecer cada palavra, em todos os seus níveis simultâneos.
        Qualquer pessoa que tenha aprendido a ouvir a ambivalência psicossomática das palavras, logo se surpreenderá ao descobrir que todos os que estão doentes em geral descrevem, junto com os sintomas físicos da doença, também uma parte de seu problema psíquico: um vê mal, a ponto de não distinguir mais os objetos; o outro está resfriado e “com as coisas pelo nariz”; outro ainda não consegue curvar-se porque está rígido demais; outro não pode engolir, e outro sofre de incontinência; outro não pode ouvir, e existe aquele que gostaria de arrancar a pele de tanto coçar. Nesses casos não há muito o que interpretar; podemos apenas ouvir, acenar com a cabeça e constatar:”A doença torna as pessoas honestas.”
        Além de prestar atenção ao duplo sentido das palavras, também é importante a capacidade para o raciocínio analógico, visto que esta função lingüística se fundamenta na analogia. É por isso que a ninguém ocorreria a idéia de não existir em alguém um órgão quando falamos de um homem sem coração.  Com a expressão “falta de coração! Estamos nos referindo à carência de uma virtude que, em razão de um simbolismo arquetípico, sempre foi associada com o coração, ou seja, estamos falando de um homem impiedoso. O mesmo princípio também é representado pelo Sol e pelo ouro.
        Nem a psique “provoca” os sintomas físicos, nem os processos físicos “provocam” mudanças psicológicas. Contudo, qualquer padrão determinado sempre pode ser visto em ambos os níveis. Todos os conteúdos psicológicos tem suas contrapartidas corporais, e vice-versa. Nesse sentido, por certo tudo é um sintoma. Lábios estreitos ou gostar de andar são tão sintomáticos quanto amígdalas inflamadas. O que diferencia um sintoma do outro é somente a nossa avaliação subjetiva em ambos os casos. Em última instância, são nossas resistência e rejeição que transformam  meros sintomas em sintomas de doenças. O próprio fato de resistirmos revela que eles são “corporificações” de aspectos de nossa sombra, pois ficamos perfeitamente felizes com todos aqueles sintomas que revelam o aspecto consciente de nossa psique. Nós até mesmo os defendemos como expressões de nossa personalidade.
        Só a observação pode nos tornar conscientes. Se houver uma modificação subjetiva espontânea na consciência, tanto melhor! Contudo, a intenção de mudar alguma coisa só consegue provocar o efeito contrário. Quando queremos adormecer depressa, esse é o modo mais seguro de termos dificuldade de adormecer. Se não nos preocuparmos, o sono logo chega.  Nu caso como esse, a ausência de intenção significa o ponto exato entre impedir e desejar impor. Trata-se da paz meridiana, que possibilita o surgimento de algo novo. Nem a insistente perseguição do objetivo, nem a resistência nos aproximam de nossas metas.
        Se, enquanto estivermos interpretando sintomas, nós acharmos que nossa interpretação é maldosa ou até mesmo negativa, essa impressão é um sinal da auto-imagem em que ainda estamos estagnados. Nem palavras, nem coisas, muito menos fatos, podem ser bons ou maus, positivos ou negativos por si mesmos. Uma avaliação não passa do produto das opiniões do observador. Apontamos o fato apenas para fazer com que a pessoa o entenda e aceite. Não diremos, por exemplo, que a agressividade dela desaparece só porque ele se recusa a olhar para ela, assim como observá-la não a torna maior ou pior. Na verdade, durante todo o tempo em que a agressão (ou qualquer outro impulso) se mantém oculta na sombra, ela desaparece de nossa consciência e é essa a principal razão por que se torna tão perigosa.

3ª Regra: Abstraia o acontecimento sintomático formulando-o em termos de um princípio, e transfira esse modelo para o plano psíquico. Muitas vezes, ouvir o modo como as coisas são ditas pode servir de chave para entender o fato de nossa linguagem ser psicossomática.

        4ª Regra: As duas perguntas: “O que o sintoma me impede de fazer?” e “Ao que me obriga esse sintoma?” levam, na maioria das vezes e bem depressa, ao tema central da doença.
Rejane Woltz Barbisan
Terapeuta Holística

sexta-feira, março 26

A Lei da Polaridade (2)

Nós, Humanos, estamos doentes

        Podemos nos conscientizar de que o ser humano está doente, e não que ele fica doente. O homem está doente porque lhe falta a Unidade. O homem sadio, ao qual não falta nada, só existe nos livros de medicina.
        Devemos nos livrar, então, de toda a ilusão de que se pode evitar ou talvez, quem sabe, eliminar a doença. Como seres humanos, estamos predispostos aos conflitos e, por isso mesmo, também ficamos doentes.
        O homem vive de seu ego, que sempre está faminto de poder. Logo - “mas o que eu quero é...” expressa essa ânsia pelo poder. O eu cada vez infla mais e sabe muito bem como nos pressionar a servi-lo, apresentando-se sempre com novos e mais nobres disfarces. Assim acontece que, quanto mais capazes e competentes formos, mais nos tornaremos vulneráveis às doenças. A doença faz parte da saúde assim como a morte faz parte da vida.
        A cura está sempre associada a uma ampliação de consciência e a um amadurecimento pessoal. Se o sintoma apareceu no corpo, é porque parte da sombra aí se precipitou; a cura é a inversão deste processo, na medida em que torna consciente o princípio por trás do sintoma, e assim ele simplesmente desaparece do corpo físico.


CAUSAS E QUESTIONAMENTOS

        Tornou-se natural interpretar todos os fenômenos em termos de causalidade e correlacionar uma longa série de eventos cuja ligação como causa e efeito é óbvia. O conceito de causalidade parece tão claro e compulsório que a maioria das pessoas o considera um pressuposto básico para a capacidade de compreensão humana.
        No entanto, a causalidade não é uma noção tão compulsória e descomplicada quanto parece à primeira vista.
        Desde Aristóteles, a idéia de causalidade foi dividida em quatro categorias distintas. São identificadas como causa efficiens, a causa do impulso de agir; causa materialis, a causa material; como causa formalis, a força de moldar, de dar forma e, finalmente, como causa finalis, a causa final, a causa do motivo que vem com o estabelecimento de metas.
        Entretanto, devido à necessidade interior de estabelecer algum tipo de causa essencial, tendemos a simplificar essa imagem quádrupla da causalidade. O ponto de vista científico da causalidade remonta suas causas ao passado, ao passo que o modelo de causalidade orientado para o objetivo põe suas causas no futuro. Costumamos dizer “estou saindo agora porque o meu trem parte daqui a uma hora”. Tudo depende da direção em que se voltar o olhar, e não do que está certo ou errado. Os pontos de vista são válidos e não se excluem mutuamente. No entanto, uma abordagem isolada sempre terá de ser incompleta, pois a disponibilidade tanto de causas materiais como de causas energéticas ainda não dá causa a nada enquanto faltar o elemento intencional. Da mesma forma, apenas uma intenção ou um objetivo isolados não bastam para fazer qualquer coisa manifestar-se.
Rejane W. Barbisan
Terapeuta Holística

quarta-feira, março 24

A Lei da Polaridade

Esta é a Lei que nos faz chegar à conclusão de que o bem e o mal são dois aspectos de uma e mesma unidade e que, portanto, dependem um do outro para poderem existir. No que se refere aos conceitos de bem e mal, nossa cultura está amplamente impregnada pelos ensinamentos da teologia cristã. Já as histórias e imagens mitológicas são especialmente apropriadas para tornar os difíceis problemas metafísicos mais acessíveis à compreensão humana.







“Quem faz o bem talvez não o faça visando a fama; no entanto, esta o acompanhará. A fama nada tem a ver com o lucro; mas o lucro seguirá seus passos. O lucro nada tem a ver com o conflito, mas este surgirá seja como for. Portanto, que o Grande Honorável os proteja de fazer o bem.”


(Livro Verdadeiro da Fonte Original – Doutrina Zen)






O desespero que divide as polaridades em opostos é o mal; no entanto, ele é o próprio caminho que temos que trilhar para obter a percepção intuitiva, usando os dois pólos como fonte de energia e poder no caminho rumo à unidade.


É importante que o homem aprenda a aceitar a sua culpa, sem se deixar oprimir por ela. A culpa humana tem natureza metafísica e não é provocada diretamente pelas ações dos homens. Sua necessidade de escolher e agir é a expressão visível dessa culpa. A aceitação da culpa elimina o medo de tornar-se culpado. O medo representa limitação e é exatamente isso que impede a necessária abertura e expansão da pessoa. Não escapamos ao pecado na medida em que nos esforçamos para fazer o bem, pois isto sempre implica reprimir o pólo oposto, que também é importante. A tentativa de fugir do pecado fazendo o bem apenas nos leva a ser desonestos.


O caminho para a unidade, ao contrário, exige mais do que simplesmente fugir ao olhar para o lado. Exige que nos tornemos mais conscientes da polaridade que existe em todas as coisas, sem ter medo de passar pelos conflitos inerentes à natureza humana. Só assim poderemos desenvolver a habilidade de unificar os opostos em nós mesmos. O desafio na é redimir-nos evitando os conflitos, mas permitindo-nos as vivências. Portanto, é necessário estar sempre questionando nossos sistemas de valores fossilizados, e reconhecer que o segredo do mal está, em última análise, no fato de que ele na verdade nem sequer existe.


Olhar para as coisas é a grande fórmula mágica do caminho para o autoconhecimento. O mero fato de observar modifica a qualidade daquilo que está sendo observado, pois este ato traz luz, ou seja, consciência à escuridão. Os homens vivem desejando mudar tudo e não compreendem que a única coisa que se exige deles é a capacidade de observação. O mais elevado objetivo dos homens está na capacidade de observar tudo e de poder conhecer que é bom do jeito que está. Esse é o verdadeiro autoconhecimento. Enquanto algo perturbar o homem e ele considerar que isso tem que ser alterado, não atingiu o autoconhecimento.


A ferramenta essencial para unir os opostos chama-se amor. O princípio do amor implica receptividade e abertura para deixar entrar tudo aquilo que até então era exterior. O amor busca a unificação; o amor quer fundir-se e não isolar-se. O amor é a chave para a união dos opostos, visto que ele transforma o tu em eu e o eu em tu. O amor é uma aceitação que não tem limites nem imposições; é incondicional. O amor quer tornar-se uno com o universo inteiro e, enquanto não conseguimos isso, não teremos concretizado o amor.
Rejane Woltz Barbisan

segunda-feira, fevereiro 1

Carnaval



            Conta-se que, vários milênios antes da era cristã e após a última era glacial, quando a natureza perdeu seus vários tons brancos e, vagarosamente, iniciou a se pintar de verde e outras cores do arco-íris, os seres humanos começaram o cultivo de cereais, fixando-se em pequenas aldeias. Foi quando os cultos agrários, como forma de agradecer aos deuses pela colheita e também pedir proteção, tiveram início – por volta de 10.000 a.C.
Não se sabe quando começaram as festividades carnavalescas, pois isto está perdido no tempo, mas permaneceu na memória coletiva o motivo para o riso e a diversão.
 Nas margens do Nilo, seus primitivos habitantes saudavam o fim das enchentes e o início da primavera com cânticos e danças, para espantar as forças negativas que poderiam prejudicar o plantio – era a festa da Deusa Ísis e do Boi Ápis. Na Grécia foi oficializado o culto a Dionísio quando a sociedade já estava organizada numa hierarquia rígida e, portanto, necessitando de uma válvula de escape – o culto ao corpo sem culpa. Com o passar do tempo, foram incorporadas às festividades as bebidas, o sexo e as orgias junto com a inversão das classes sociais. As diversas celebrações em louvor a Dionísio chega à cidade de Roma com o nome de “bacanais” (deus Baco) – as bacantes, que eram as sacerdotisas que celebravam os mistérios do culto de Dionísio, invadiam as ruas dançando e soltando gritos estridentes e atraindo adeptos, causando tumultos, até a sua proibição, pelo Senado romano. Permaneceram as “saturnálias”, festas em homenagem à Saturno, deus que ensinou a agricultura aos italianos, ocasião em que os escravos tomavam o lugar dos senhores e saiam às ruas cantando e dançando.
            Quando o cristianismo começou já encontraram as festas no uso dos povos. Em 590 d.C. a Igreja resolveu oficializar o carnaval e transformá-lo, impondo um tom sério como forma de combater o riso e o aspecto cômico e livre consagrado pela tradição. O Carnaval sempre foi a vida em festa, baseada em seus aspectos de alegria, na liberdade de expressão e na parte cômica, em contrapartida aos cultos e mitos sérios.
            Nas Europa ele foi se modificando e surgiu o “entrudo”, forma grosseira, primitiva e violenta de brincar até a época da industrialização, quando então o carnaval ganha identidade própria e, após o término da II Guerra Mundial, com as mudanças de ordem filosófica, moral e estética, bem como o advento da tecnologia e, principalmente, no século XX da televisão, ele se reveste de uma nova fantasia, privilegiando o aspecto visual.
            Em alguns lugares do mundo o carnaval enfraquece por um tempo e depois volta a ter brilho. Porém, atualmente o epicentro está no Brasil, com seus desfiles de Escolas de Samba no Rio de Janeiro de São Paulo, transmitidos para todo o mundo, bem como os carnavais de rua em Salvador e Recife.
            Simbolicamente, o carnaval é a ruptura das inibições, das repressões e dos recalques. São “as forças obscuras que emergem do inconsciente, pois é a liberação provocada pela embriaguez dos que bebem como da embriaguez da loucura que se apodera das multidões arrastadas pelo fascínio da dança e da música” (Defradas).
            As máscaras, o canto, a dança e a liberdade de comunicação entre as pessoas, que é refreada durante todo o ano pelas convenções sociais, caracterizam o carnaval atual, que é o período de festas e divertimento antes da Quaresma.
Rejane Woltz Barbisan
Astróloga
Bacharel em Direito
Ref. Bibliográfica:
BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega Vol. II, Vozes, 2004
LESKY, Albin. A tragédia grega. Ed. Perspectiva. 1971
JULIEN, Nadia. Minidicionário compacto de mitologia. Ed. Riddel. 1992

terça-feira, janeiro 5

Oração do reconhecimento

É maravilhoso, Senhor,

ter braços perfeitos,

quando há tantos mutilados,

meus olhos perfeitos,

quando há tantos sem luz,

minha voz que canta,

quando tantas emudeceram,

minhas mãos que trabalham,

quando tantas mendigam.


 

É maravilhoso voltar para casa,

quando há tantos desabrigados, sem teto.

É maravilhoso ter um Deus para crer,

quando há tantos sem o consolo de uma crença.


 

É maravilhoso, Senhor,

ter tão pouco a pedir

e tanto a agradecer.


 

(Michel Quoist)