A Tradição foi a fonte que deu origem a todas as ordens esotéricas ou iniciáticas do Ocidente. É comum a referência à Tradição com outras denominações, como por exemplo: “Ciência Primordial”, “ciência Arcaica”, “Tradição Primordial”, “Ciência Sagrada”, “Doutrina Secreta”, ou ainda outras expressões. A “Tradição” é a ciência que se originou na Atlântida e que melhor foi preservada no Egito, embora fragmentos desse conhecimento tenham se espalhado por todo o mundo. A preservação da Tradição ao longo do rio Nilo foi possível em virtude da civilização egípcia ter sido criada pelos Atlantes e por eles ter sido conduzida, durante milhares de anos, no período que os egípcios denominaram “tempo dos deuses”. A Tradição, no Egito, da mesma forma que se fazia na Atlântida, ficou preservada nos Templos, que eram grandes complexos culturais e místicos. Alguns destes Templos – os mais importantes – gravitavam em torno de um “mistério”, sendo por isso denominado como “Escola de Mistério” ou “Escola de Sabedoria”.
A partir da XVIII Dinastia egípcia, por volta de 1.400 a.C., e por iniciativa do próprio faraó, as escolas de sabedoria do Egito foram unificadas, passando a constituir uma só entidade que conhecemos como “Fraternidade Egípcia”. A unificação destas escolas foi um importante fator para a preservação da Tradição, bem como para a sua expansão entre as nações vizinhas do Egito. Ramos da Fraternidade Egípcia foram criados na Grécia, na Síria, na Palestina, na Fenícia, na Babilônia, na Itália, na Pérsia e em algumas outras nações do Mediterrâneo e do Oriente Próximo. Os essênios foram um destes ramos estabelecido na Palestina; a palavra “essênio” é de origem egípcia e significa secreto. O complexo do Monte Carmelo, ao norte da Palestina – muitas vezes denominado como mosteiro – era um grande centro cultural e místico utilizado principalmente pelos essênios, e foi onde Jesus teve sua formação básica, até os 13 anos. Significativo é que o complexo do Monte Carmelo não foi construído pelos judeus, porém pelo faraó do Egito. Os Terapeutas foi outro ramo na Grande Fraternidade estabelecido, principalmente, em Alexandria e na Grécia. A Fraternidade teve com Pitágoras, a partir de sua escola estabelecida em Crótona, no sul da Itália, uma grande penetração no sul da Europa. Embora a escola de Pitágoras tenha sido destruída e o mestre morrido nesta ocasião, seus discípulos continuaram o trabalho que ele conduzia.
Akenaton, foi um dos grandes mestres da Ciência Sagrada e, com sua ousada investida contra o clero de Amon-Rá, tentou fazer com que todo o Egito retornasse aos princípios sagrados originais do qual haviam se desviado. Assim, podemos dizer que a Fraternidade Egípcia foi a guardiã e difusora da Ciência Sagrada, incluindo aí, os conhecimentos dos Terapeutas.
Rejane Woltz Barbisan
Terapeuta
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