Foi no Concílio de Nicéia, no século IV, que se fixou a festa de Natal próxima do solstício de inverno (no Norte) e a meia-noite, em substituição às tradições pagãs que celebravam neste dia a renovação do Sol. Os romanos festejam o evento nos templos consagrados ao “Sol Invicto”, na colina onde hoje está a cidade do Vaticano. Desde tempos imemoriais, esta data era marcada por muitas fogueiras que homenageavam o retorno do Sol das profundezas da escuridão, e a natureza, que estava hibernando, vai começar lentamente seu despertar.
A partir de 335 d.C. passou-se a celebrar o Natal em Roma, substituindo “a celebração do nascimento do Sol visível no solstício de inverno pela do Criador invisível do Sol” (Santo Agostinho). Fazia-se coincidir os ciclos das festas cristãs e das festas pagãs, e com isto o sincretismo e a permanência da nova religião fundada em Roma estaria mais facilmente garantida.
A tradição de acender fogueiras remonta aos persas, a Zoroastro, que tinham no fogo o símbolo da Divindade. A imagem dos Reis Magos, que vêm do Oriente cultuar ao Deus Sol, também remonta à Tradição dos persas.
Os símbolos natalinos que vemos hoje em dia e que fazem referência às árvores de Natal, à neve e todos os outros que adquirimos, são a ligação do Natal com o clima do Norte e o renascimento vegetal.
A festa do que renasce, quando entra o mês de janeiro, ou da Deusa Janus, com seus dois rostos, um olhando para o passado e o outro olhando para o futuro, o novo ano cheio de esperanças.
A escuridão da noite com que se comemora o Natal nos remete ao inconsciente, ao adormecimento da Alma que está prestes a despertar e compreender os mistérios do Nascimento do Senhor em nosso coração, onde está o Templo Interno, aquele que cultiva o coração crístico que acaba de nascer.
Rejane Woltz Barbisan
Terapeuta
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