segunda-feira, setembro 17

Tarô - uma viagem


Em quase todas as épocas, houve desaprovação geral e pessoas sendo ridicularizadas, mesmo cultas, quando levavam a sério oráculos como o Tarô.

Ao contrário da Astrologia, que tem uma tradição comprovada de 5.000 anos e foi praticada pela elite dos povos, exceto recentemente, o Tarô, embora seja uma antiga tradição como o I Ching, permaneceu secreto. Suas raízes remontam à Índia e Egito, porém com pouca comprovação, pois as chaves para a interpretação permaneciam com alguns poucos iniciados.

Levar a sério o Tarô, um tema que por várias razões foi relegado ao lixo das ruas, não é uma tarefa fácil. Mas, com certeza, ele não foi o único tesouro que ficou oculto por medo ou motivos inconfessados de pessoas que tinham interesse em manipular indivíduos e povos.

Porém, tanto a origem quanto a "idade" do Tarô parecem insignificantes, quando o que se vai buscar são as verdades arquetípicas que tem raízes no inconsciente coletivo profundo e remonta aos primórdios da conscientização humana.

As 22 cartas chamadas Arcanos Maiores são símbolos que não visam ocultar nada, ao contrário, procuram demonstrar algo maior e mais profundo do que pode ser expresso em palavras.

A chave para os símbolos são conhecimentos esotéricos, que aparecem em todas as culturas e são muito antigos. Mas a base desse conhecimento é a polaridade do mundo material, que só podemos entender quando usamos o pólo contrário como referência. Quando compreendemos a dualidade, podemos iniciar o caminho de volta para a unidade, o caminho descrito pelos mestres espirituais como de cura. Este é o caminho que aparece nas 22 cartas dos Arcanos Maiores, o que os torna especiais, pois é aí que está o significado profundo, o verdadeiro cerne do Tarô.


Rejane Woltz Barbisan

Taróloga

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